sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Asmare na Vida dos Catadores

Flávia França Mendes








Cada brasileiro produz, em média, cinco quilos de lixo por dia, mas no olhar da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável, Asmare, os brasileiros não produz lixo e sim material reciclável que por falta de conscientização e orientação tais materiais não são reaproveitáveis.




A catadora Ana Maria de Jesus afirma que as pessoas desperdiçam muito material que poderia ser reaproveitável. A catadora disse que é comum encontrar nas ruas roupas e até eletrodomésticos. Ana Maria sempre trabalhou como catadora, ela está na Asmare há 13 anos.

Hoje a Asmare conta com 250 associados. Fundada em primeiro de maio de 1990 a associação passou por várias dificuldades, até que conseguiu o reconhecimento da sociedade por ajudar no equilíbrio do meio ambiente através da reciclagem.




Mesmo sendo reconhecida mundialmente ainda há um desafio da Asmare: vencer o preconceito das pessoas em relação aos catadores. O catador Edmarcio Ferreira disse que sente preconceito da sociedade em relação aos catadores. Segundo Edmarcio as pessoas se afastam quando os catadores estão trabalhando. Edmarcio Ferreira está a nove anos na Asmare. Antes de estar na associação ele trabalhava em um escritório e depois que perdeu o emprego foi difícil conseguir outra ocupação. “Optei por catar papel e a Asmare me acolheu”, conclui Edmarcio.




Todo catador de material reciclável da Asmare é estimulado a encontrar lugar para morar com a família e largar vícios como a dependência de drogas e álcool.




A Asmare oferece oficinas de marcenaria, corte e costura, reciclagem de papel e artesanato em geral, alternativas de renda, aprendizado e trabalho para o próprio catador e sua família.




O carrinho é o principal instrumento de trabalho do catador de lixo. Sua capacidade máxima chega a meia tonelada e é puxado com a força dos braços e das pernas. Em geral, os carrinhos são fornecidos pelas empresas que exploram o trabalho do catador.




De acordo com Alfredo Souza, conhecido como Índio na associação, a Asmare produz os próprios carrinhos, com restos de madeira e pneus velhos. Alfredo está na Asmare há oito anos, ele era morador de rua e disse que graças à associação conseguiu constituir família.


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