segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


Morre no Rio a Atriz Lupe Gigliotti

 

Morreu, aos 84 anos, na cidade do Rio, no início da noite desse domingo, a atriz Lupe Gigliotti, irmã do ator e humorista Chico Anysio. A atriz lutava havia dois anos contra um câncer do pulmão e faleceu em seu apartamento, no bairro de Copacabana, na zona sul carioca.



Maria Lupicínia Viana de Paula nasceu em julho de 1926 em Maranguape (CE). Também formada em Direito, Lupe começou a atuar no teatro, na televisão e no cinema na década de 1960. Foram 17 papéis no teatro e 19 em novelas e seriados. No cinema, ela atuou em 11 filmes.



Na "Escolinha do Professor Raimundo" trabalhou com o irmão Chico Anysio e os sobrinhos Nizo Neto, Lug de Paula e Bruno Mazzeo. Lupe também atuou nos humorísticos "Zorra Total" e "A Diarista". Em 2007, Lupe teve uma participação especial na novela "Sete Pecados", no papel de Nair, amiga de Juju (Nicete Bruno). Sua última atuação em novelas foi em "Cama de Gato", em 2009.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Governo de Minas Gerais Lança Edital 2010 do Fundo Estadual de Cultura

 

 

O edital 2010 do Fundo Estadual de Cultura (FEC) já está com as inscrições abertas. O prazo para apresentação de projetos pela modalidade “Liberação de Recursos Não Reembolsáveis” vai até 8 de fevereiro de 2011. Já para o “Financiamento Reembolsável”, as inscrições podem ser feitas entre os dias 1º e 10 de cada mês, até a publicação do próximo edital, em 2011.


Quem Pode se Inscrever



Na modalidade “Liberação de Recursos Não Reembolsáveis”, podem se inscrever, exclusivamente, as entidades de direito público (prefeitura ou fundação de natureza cultural vinculada à prefeitura) ou pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, com objetivo e atuação culturais, que apresentem projetos artísticos-culturais.



Na categoria “Financiamento Reembolsável”, podem se inscrever as pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, também com objetivo e atuação culturais, que apresentem projetos que visem à criação, à produção, à preservação, à divulgação de bens, às manifestações culturais no Estado e à realização de investimentos fixos e mistos, inclusive aquisição de equipamentos, relativos a projetos de comprovada viabilidade técnica, social, cultural, econômica e financeira, compatíveis com os objetivos do FEC.



Durante o período de inscrições, os projetos poderão ser enviados pelos Correios ou entregues pessoalmente na Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, Prédio Gerais, 5º andar, Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº, bairro Serra Verde, Belo Horizonte, CEP: 31630-901. O edital está disponível no www.cultura.mg.gov.br. Mais informações pelos telefones (31) 3915-2719, (31) 3915-2720 e (31) 3915-2647.


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"O mundo está de ponta cabeça.Faustão está magro, Silvio Santos está quebrado,Tiririca está alfabetizado e o Richarlyson, chamou o juiz de viado."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

LIÇÃO DE PORTUGUÊS



Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito,que a candidata Dilma Roussef e seus sequazes, pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia.



Presidenta???


Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?


Bem, vejamos:


No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...


Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.


Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.



Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".


Um bom exemplo seria:



"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta."




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem tem medo do Pedrinho?




O Conselho Nacional de Educação recomendou que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, não fosse distribuído a escolas públicas ou, se for, que venha acompanhado de um aviso de que se trata de obra “racista”.



Segundo o parecer, o racismo estaria caracterizado no tratamento de Tia Nastácia e de animais como urubu e macaco, cuja menção, diz o texto do conselho, é “revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”. Para o CNE, os professores da rede pública não estão preparados para lidar com esse tipo de mensagem em sala de aula.



O autor da denúncia, o mestrando em relações raciais da UnB Antonio Gomes da Costa Neto, acredita que o livro de Lobato “deixou para trás as regras de políticas públicas para as relações etno-raciais” e tenha o potencial de “ensinar a criança a ser racista”.





Quando Monteiro Lobato é considerado danoso para as crianças, por supostamente conter mensagens ou estereótipos de caráter racista, perdeu-se completamente a noção da importância dos clássicos para a formação intelectual.



“Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram”, explica Italo Calvino em seu livro “Por Que Ler os Clássicos”. Ou seja, um livro desse porte não é apenas texto; é uma revelação.



A obra, como toda a saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo, é exatamente isso. Publicado em 1933, “Caçadas de Pedrinho” sofreu de fato alguma influência do pensamento racial de sua época – em que o racismo não era considerado necessariamente negativo.



Mas não é possível qualificar de “racista”, por causa de um punhado de frases descontextualizadas, um autor que criou protagonistas negros tão bondosos e formidáveis como Tia Nastácia e Tio Barnabé.



Ademais, esse não é, nem de longe, o aspecto central de sua obra – tanto é assim que milhares de crianças a leram e certamente não se tornaram racistas por causa dela.



Em primeiro lugar, os pequenos leitores são apresentadas de modo bem humorado e excitante ao universo rural brasileiro, com seu rico folclore. Enquanto Dona Benta relata as aventuras da ficção como tal, as crianças do Sítio são, elas mesmas, personagens de suas fantasias, convidando os leitores a abstrair-se e entrar em suas epopéias.



Mas o que torna “Caçadas de Pedrinho” uma obra significativa – e atual – é a crítica feroz aos excessos da burocracia estatal.


Para relembrar: a segunda parte de “Caçadas de Pedrinho” relata a divertida história de Quindim, um rinoceronte que escapou de um circo carioca. Diante disso, o governo cria um “Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte”, um monstro burocrático com um chefe e 12 auxiliares, muito bem remunerados, além de “um grande número de datilógrafas e encostados”. Todo esse pessoal se esforça ao máximo para não encontrar o bicho, uma vez que, se isso acontecesse, todos eles perderiam a boquinha.



Quindim acaba se incorporando à família do Sítio, como parceiro das crianças e em desafio ao Estado que o caça. Ao ousar colocar os meninos como protagonistas dessa “rebeldia”, a obra de Lobato chegou a ser classificada de “comunista” pelo padre jesuíta Sales Brasil, em 1959. O livre pensamento e a fantasia a serviço da reflexão política e social são os piores inimigos da “ordem” de um Estado crescentemente hostil à crítica.



Assim, não admira que haja burocratas no Estado brasileiro que, a título de impedir o “racismo” de “Caçadas de Pedrinho”, queiram evitar que as crianças o leiam.