Fonte: Portal UAI
Uma pequena multidão
composta por repórteres, fotógrafos,
cinegrafistas, vendedores ambulantes e dezenas de curiosos que estavam passando
pelo local se reuniu nesta terça-feira pela manhã na Praça Sete, no coração de
Belo Horizonte, para testemunhar um momento histórico para a vida cultural da
cidade: a retirada dos tapumes do canteiro de obras do novo Cine Theatro
Brasil.
As portas do espaço serão
abertas oficialmente ao público em 7 de outubro, com a exposição Guerra e paz,
do artista plástico paulista Cândido Portinari.
O Cine Theatro Brasil
começou a ser restaurado em 2007 e conta com 8,3 mil metros quadrados de área
construída, que será dividida em sete pavimentos, com dois teatros –
um com 1 mil lugares e outro com 200.
O complexo conta ainda com
dois andares de galerias para exposições de artes visuais, área de eventos para
cerca de 650 pessoas, restaurante, loja e áreas de convivência, tudo feito com
gosto e refinamento.
Ao todo, foram investidos R$
53 milhões na restauração, sendo 55% via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Vallourec
e apoio da Usiminas e Banco Itaú, e 45% com recursos da Vallourec. Para Alberto
Camisassa, presidente da Associação Cine Theatro Brasil e presidente da
Fundação Sidertube, a expectativa é que o novo espaço seja bem recebido pela
população de Belo Horizonte.
“Todo mundo gosta de
conforto, de apreciar o que é belo e foi isso que procuramos realizar aqui
durante todo o tempo de andamento das obras”, diz.
Quanto a um
possível problema com estacionamento, pelo fato de o novo espaço estar
localizado em pleno Centro da cidade, ele não crê que seja um empecilho para a
funcionalidade do Cine Theatro. “Num raio de dois quarteirões existem 10
estacionamentos disponíveis, e acho que serão mais do que suficientes para
atender a demanda dos frequentadores”, diz Alberto Camisassa.
Na avaliação de Luis Antonio Barbalho e Silva, engenheiro responsável pelas obras de restauração, a finalização do projeto significa o renascimento de parte importante da sua história. “O Cine Brasil estava esquecido na Praça Sete, que é um lugar tão simbólico para os mineiros. Restaurar um prédio como este é, com certeza, marco importante para todos nós”, diz.
Na avaliação de Luis Antonio Barbalho e Silva, engenheiro responsável pelas obras de restauração, a finalização do projeto significa o renascimento de parte importante da sua história. “O Cine Brasil estava esquecido na Praça Sete, que é um lugar tão simbólico para os mineiros. Restaurar um prédio como este é, com certeza, marco importante para todos nós”, diz.
Vista do Alto
Projetado em 1930 pelo arquiteto Alberto Murgel, mas só inaugurado dois anos depois, o Cine Theatro Brasil – primeiro da cidade com influência do estilo art déco na cidade – foi durante muito tempo o prédio mais alto de Belo Horizonte e as pessoas costumavam pagar ingresso para ir até o último andar ver a cidade do alto.
Atualmente,
do último andar, que funcionará como um espaço reservado para eventos, é
possível divisar parte das praças Sete, Raul Soares e Da Estação.
Conta a história que o primeiro filme exibido no Cine Brasil foi 'Deliciosa', romance musical da Fox-Moviestone, que contou com a presença de Raul Roulien, ator principal do filme, o que causou grande sensação na cidade. O cinema funcionou até 1999, quando, já totalmente decadente, teve de fechar as portas, e o prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico de Belo Horizonte.
Em 2006, o imóvel acabou sendo adquirido pela Fundação
Sibertube, entidade mantida pela Vallourec, com o objetivo de se fazer do
espaço um centro cultu